As mulheres e a gestão


Assistimos, ao longo do século XX, a ascensão do poder feminino. As mulheres adentraram a arena política e, no século XXI, diversas governantes assumiram o poder: Michele Bachelet no Chile, Cristina Kirschner na Argentina, nossa presidenta Dilma Rousseff. Hillary Clinton e Condoleeza Rice ocuparam o Departamento de Estado norte-americano e, no mundo corporativo, temos a liderança de Indra Nooyi na PepsiCo.

Mulheres podem gerenciar, não há como voltar atrás. E exemplos de boas gestoras não faltam, como as brasileiras Chieko Aoki da rede Blue Tree Hotels e Luiza Trajano do Magazine Luiza – que já compareceram à HSM ExpoManagement para falar sobre  suas experiências. Há características especificamente femininas na gestão e liderança dessas profissionais?

Primeiramente, o posicionamento delas em relação aos homens é de igual para igual, quer eles sejam clientes, fornecedores ou subordinados. Não há submissão ou imitação, mas o desenvolvimento de um jeito próprio de gerenciar e liderar. As mulheres têm uma inteligência emocional mais desenvolvida, aplicando os próprios sentimentos às situações empresariais e de negócio. “O homem não percebe tanto a questão da sensibilidade. E o mercado precisa ser ‘sentido’, não apenas analisado”, afirma Chieko.

Muitas, por serem mães e esposas, desenvolvem uma abordagem delicada e atenciosa necessária à gestão doméstica e ao cuidado dos filhos. Esta é uma segunda característica marcante na gestão feminina: a empatia. Mas, como disse Wilson Mileris em seu artigo Mulheres na Lide^rança, “para assegurar-se à frente da equipe, ela precisa ter princípios e ter um comportamento ético”. Em outras palavras, valores e integridade.

O que se discute não é a superioridade da liderança feminina, mas o equilíbrio de contribuições. “Sem a força masculina, a mulher também não pode realizar tudo”, comenta Luiza Helena Trajano, presidente da rede de lojas Magazine Luiza. A heterogeneidade de percepções pode proporcionar uma visão mais ampla para a empresa, o que conta como vantagem competitiva. A mistura de gêneros parece mesmo ser a receita para uma boa gestão e, como afirma Luiza, “o segredo está na parceria”.

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