Se dê a chance de tomar o martelo emprestado

Fábula 2

O Martelo 

Um homem quer pendurar um quadro na parede. Ele tem o prego, porém lhe falta o martelo. Sabe que o vizinho tem um. Assim, resolve pedir a ferramenta emprestada. Mas é tomado por uma dúvida:

“ E se ele não quiser me emprestar? Ontem ele me cumprimentou de maneira superficial. Talvez estivesse com pressa. Ou talvez a pressa não passe de um pretexto e ele tenha algo contra mim. O que pode ser? Eu nunca lhe fiz nada! Devem ter metido alguma coisa na cabeça dele. Se alguém me pedisse uma ferramenta emprestada, eu emprestaria sem o menor problema. Por que ele não faria o mesmo? Como uma pessoa pode se negar a fazer um favor tão simples a outra? Sujeitos como esse tornam a vida dos outros mais infelizes. Se duvidar, ainda acha que dependo dele só porque tem um martelo. Isso já é demais!”.

Furioso, o homem vai procurar o vizinho. Toca a campainha e, assim que a porta se abre, antes que o vizinho tenha tempo de dizer “bom dia”, ele grita com raiva:

   - Fique com o martelo, seu idiota!

Essa fábula nos demonstra a capacidade do ser humano de criar inimigos fictícios a partir de mal costume de julgar os outros. As desavenças e os desentendimentos que surgem nas organizações tem origem nas suposições de alguém do que os outros vão pensar e fazer. O resultado é criar um fantasma a partir dos próprios medos e preconceitos.

Antes de condenarmos uma pessoa é necessário lhe dar a chance de nos “emprestar o martelo”.

A maioria das pessoas gosta de ajudar se não perceber em você uma ameaça. Quem empresta o martelo se sente útil em fazer um favor, mas se você pedir com agressividade é possível que ele não atenda por medo de receber uma martelada sua.

Na empresa e na vida, é preciso julgar as pessoas pelo que elas são e fazem, e não pelo que você acha que pensam e planejam.

por Carla Medrado

Comentários

Postagens mais visitadas